domingo, 17 de maio de 2015

Dentro do seu diário

(Luciana Lívia)

Se você quer ser alguém
Tem que caminhar
Se você quer ser maior
Tem que acreditar
Deus reflete na fé, atitude e paciência

Dentro do seu diário
Dentro do seu armário
Está ali, a força pra sua imaginação
Tantos amores perdidos, tantos que eu já nem ligo se vem ou vão
(Eu sempre ligo... eu sou sensível...)

Tem dias que nada é tão difícil
Tem dias que tudo é um sacrifício
É preciso estar atento à sua dor
Seu sonho colorido, cheiroso e tão bonito
A flor que desabrochou...

Amor me leva a dor
A dor me traz o amor
Amor me eleva à dor
A dor tragando o amor e bebendo sorrisos

Dentro do seu armário
Dentro do seu vestido
Está ali
A força pra sua imaginação.




domingo, 11 de maio de 2014

Dia das mães para sempre.




Eu sempre tenho em mente o amor... Por ela. Eu a levo no sorriso, nas alegrias e até nas derrotas. Em tudo que faço e em tudo que sou. Quando sinto sentimentos ruins também... A imagem dela me aparece na imaginação, pedindo para eu cair em si e ser boa gente. Imaginação que reflete talvez os momentos reais que nós já vivemos todos juntos e hoje fazem morada na minha memória...  Servindo agora para me alertar, recriminar e confortar, no mundo adulto. E ser adulto, é ser eterno vigia de si mesmo. Sou intensamente grata a Deus e aos mistérios do universo, por ter a mãe que tenho. Mulher inteligente, elegante, simples e maluca. Total influência em minha forma de encarar a vida. Espero poder retribuir (em tempo) tudo o que ela foi e é para mim e minhas irmãs (Kaliana e, em memória, Viviana).
                             Te amo garota Olívia. 

Música sempre presente:

P.S.: Abençoadas sejam todas àquelas mães batalhadoras e amáveis com seus filhos, seja em que situação for, que vivem no Brasil, África, Colômbia... enfim, no Planeta Terra! E também àquelas que já não se encontram no plano terrestre, porém continuam a guiar e cuidar dos seus filhos, em outros espaços...


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Quatro-olhos

(Luciana Lívia) 

Um tanto complacente
Num singular plural
Vocabulário prático
Tal frutas no quintal
Eu canto pra viver dizendo que te amo...

Se passam alguns anos
E a gente aprende mais
Se o sonho vira pranto
Irriga a nossa fé
Só cantei pra dizer... E digo que te amo...

No mínimo de acordes
O máximo ficará
Com as palavras de amor eternas
Que eu tenho pra te dar
Eu canto para ouvir os olhos dizendo que se amam...

      
                                                                   (Imagem por Jota Junior)                                                        

segunda-feira, 21 de abril de 2014

O Pato e o Elefantinho

(Luciana Lívia)

Toda sexta-feira era assim
Elefante pousando na areia
Tromba levantada para o sol
O animal galante se bronzeia

Mas um pato chato e implicante
Disse: “Essa paz vai acabar!”
Chacoalhou o rabo do elefante
Até o charmoso se mandar

Era o pato no rabo (do gato!) do elefantinho
E era o pato no rabo (do gato!) do elefantinho...

“Pato invejoso duma figa!”
Pensou o elefante na emoção
Que herdou de toda aquela ira
Destruída a sua diversão

Eis que na sexta-feira seguinte
Ele então um plano bolou
Deitou sobre o corpo do patinho mau
Um banhou-se em sol, o outro em dor

E era o pato no rabo (do gato!) do elefantinho
Era o pato no rabo (do gato!) do elefantinho...






terça-feira, 15 de abril de 2014

Não fuja do sol (Baseado em fatos reais).

CEARA MUSIC 2012 - MAFALDA MORFINA ABRINDO O PALCO NAÇÕES (BANDAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS): 




"Ê-ô, ê-ô, ôôô!"
"Eu digo Mafalda e vocês repetem Mafalda, tá legal?!"

Huahauhauahu!
Juro que não sei da onde tirei essas palavras e gritei para o público (ver vídeo em 02:10min).
Por isso estou rindo.
Às vezes essa Luciana do palco me parece muito mais louca!  Não sou a mesma escrevendo, compondo ou tomando um suco, por exemplo. Há uma diferença. E por isso ri de verdade aqui, tanto por essa lembrança do show, quanto por outra...

Eu agradeço pela vida!

EXPLICO:
Pouco antes da banda Mafalda Morfina ser convidada para fazer esse show, eu estive bem doente. O show foi em outubro. Adoeci em agosto e minha recuperação foi se dando aos poucos a partir de setembro. Quase ninguém soube na época. Aliás, 11 pessoas souberam. E apenas 03 viram de perto, me ajudaram e conviveram comigo até eu melhorar e iniciar a recuperação em Fortaleza... Uma delas foi minha mãe (que na ocasião veio a São Paulo).

O que eu tive? Basicamente sintomas de Asma, só que repetidamente, o que desencadeou em problemas no meu Sistema Nervoso... Se posso assim resumir. Por isso, talvez, não me movimentei como de costume nesse show, nem estava tão comunicativa na época. Meu corpo estava um pouco pesado... Eu havia ficado muito parada nos últimos dois meses, no processo de recuperação.

Mas o show foi lindo! Quem conferiu respirou realmente um ar novo com a gente! E o agito da banda toda foi essencial para o nosso bom desempenho no palco! Bateria, Baixo, Guitarra... Todos juntos dando o coração e a alma para fazer tudo dar certo! E deu!!

Nunca vou esquecer esse momento. Não somente pelo show, ao lado dos meus companheiros de banda, do público acolhedor e de tantas bandas importantes, do palco aos bastidores... Mas também porque foi o primeiro show que fiz depois daquela "loucura" toda.

Hoje, "muito bem, obrigada", digo com todas as palavras:
Vale a pena viver. Tanto pelas derrotas, quanto pelas vitórias. Siga em frente com seus objetivos! Não fuja do sol.

Beijos.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

No fundo somos a pergunta, a resposta e o porquê...

Flagrei uma família em Buenos Aires, na Rua Florida, cantando uma canção muito bonita do poeta uruguaio Mario Benedetti. Abaixo segue a letra traduzida. Adaptei alguns versos para facilitar o entendimento. 



POR QUÉ CANTAMOS
(Mario Benedetti)


Se cada hora vem com sua morte
Se o tempo é um covil de ladrões
Os ares já não são tão bons ares
E a vida é nada mais que um alvo móvel
 
Você perguntará por que cantamos

Se os nossos irmãos ficaram sem abraços
A pátria quase morta de tristeza
E o coração do homem foi quebrado 
Antes mesmo de explodir toda a vergonha


Você perguntará por que cantamos

Cantamos porque o rio esta soando
E quando o rio soa, soa o rio...
Cantamos porque o cruel já não tem nome
Embora tenha um só nome o seu destino
 
Cantamos pelas crianças e pelo todo
E por algum futuro e pelo povo
Cantamos porque os sobreviventes
E nossos mortos querem que cantemos

Se voamos longe... Mirando horizontes...
E não cresceram as árvores sonhadas
Se cada noite é sempre uma ausência
E cada despertar um desencontro

Você perguntará por que cantamos

Cantamos porque chove sobre as frestas
E somos militantes desta vida
E porque não podemos, nem queremos
Deixar que a canção se torne cinza 

Cantamos porque os gritos não são suficientes
Como já não são as lágrimas, nem a raiva
Cantamos porque cremos nessa gente
E porque venceremos a derrota
 
Cantamos porque o sol nos reconhece
E porque o campo cheira a primavera
E porque neste caule e naquele fruto
Cada pergunta tem a sua resposta. 


sábado, 8 de março de 2014

Felizes dias "madres da peste"!

A tempo: Um salve a todas as mulheres, perpetuamente...
Em especial àquelas que batalham contra as adversidades da vida! 

Às pensadoras, criadoras de pensamento e de comportamento... Assim como as classificadas como loucas, como erradas... Às discriminadas por estar fora de padrões físicos ou sociais... Às perdidas pela sociedade e encontradas por Deus.

*Na foto a incrível "Estamira", que logo me veio a mente. Para quem não a conhece, recomendo o seu filme (Um documentário brasileiro dirigido pelo premiado cineasta Marcos Prado e lançado em 2005).